Advogado denuncia policiais por desvio de mercadoria apreendida e venda de parte da carga por R$ 1 milhão

Carga de incenso apreendida foi devolvida aos donos incompleta, mas parte dela teria sido vendida no comércio de Belém por intermediários a R$ 500, cada caixa/Fotos: Divulgação.

Caso ficou de ser levado à Corregedoria da Polícia Civil, com documentos, nomes e endereços; falcatrua desfalca o comércio chinês em Belém.

Se bem andou, o advogado Raimundo Antônio, inscrito na OAB sob o número 334567, bateu nesta semana na Corregedoria da Polícia Civil do Pará com uma denúncia de arrasar quarteirão: abusos que alega estarem ocorrendo dentro da Secretaria de Segurança Pública e na Polícia Civil, através do Departamento de Operações Especiais (Dioe), à avenida Senador Lemos, em Belém. Segundo relatos do advogado à coluna, semanas atrás foi cumprido um mandado de busca e apreensão, dentro do processo de Número 0807764-95.2023.8.14.0401, cujo pedido foi deferido em plantão judicial. A Polícia cumpriu o mandado em operação que envolveu o delegado Yuri Vilanova, um investigador identificado como Ítalo e outros policiais, ocasião em que a equipe apreendeu 8 mil caixas de incenso avaliadas em R$ 8 milhões. Tudo dentro dos conformes.

A parte do leão

Acontece que no auto entregue pela Polícia aos donos da carga, comerciantes chineses, constavam apenas 2,5 mil caixas, não as 8 mil apreendidas, isto é, 5,5 mil caixas de incenso sumiram. A maracutaia foi descoberta semana passada, explica o advogado, para quem o delegado Yuri Vilanova e o investigador Ítalo teriam vendido a carga desviada. Aliás, Raimundo Antônio afirma ter certeza – e provas, que ficou de apresentar à Corregedoria com pedido de providências -, de que os policiais venderam o produto desviado no próprio bairro do Comércio, por R$ 500, cada caixa. “Claro que eles mandaram pessoas que não são da Polícia Civil fazer a venda, posso provar”, acrescenta.

PF entra em cena

Conforme o relato do advogado, os policiais “deixaram a carga desviada em um depósito de um rapaz chamado Maycon Rodrigo Ribeiro Carneiro, situado à rua João Nunes de Souza, número 17, galpão 1, no bairro de Águas brancas, em Ananindeua. Só não esperavam que a Polícia Federal fosse bater lá e apreender todo o incenso”.

Negócio da China

O advogado finaliza informando que “a Polícia Federal tem o inquérito Número 2023 0030 505. Basta pedir a informação e comparar o material apreendido”. E mais, diz ele: “meu cliente pagou o valor de R$ 1 milhão ao investigador Ítalo, que ficou de repassar ao delegado Yuri Vilanova para liberar o restante da mercadoria e apreender apenas as 2,5 mil caixas. Hum, hum…

(Com informações da Coluna do Olavo Dutra)

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