Marabá: Presidente da Acim prevê mais 6 mil novos empregos a partir de agosto
O investimento de 6 bilhões de reais em quatro grandes empreendimentos em andamento garante mais emprego, renda e desenvolvimento para a cidade
Em Marabá, a geração de empregos deve chegar, em agosto, a 6 mil novos postos de trabalho, diretos e indiretos. A previsão é do presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), João Tatagiba, baseado no avanço das obras da segunda ponte rodoferroviária do Rio Tocantins, da duplicação da Ferrovia Carajás em terras indígenas, da construção da terceira ponte do Rio Itacaiúnas e da edificação da planta de Tecnored no Distrito Industrial.
“Estamos hoje diante dessas obras que estão acontecendo, gerando empregos. Serão em torno de 2 mil salários a mais. Isso é uma massa salarial significativa que inicia o recebimento já em agosto, no máximo setembro”, destaca Tatagiba, ressaltando que, para cada emprego direto são criados três indiretos, resultando em aproximadamente 6 mil empregos na cidade.
O investimento nesses empreendimentos é de cerca de 6 bilhões de reais ao longo do período de obras e movimenta, além do mercado de trabalho, o comércio local, com o fornecimento de insumos às empresas contratadas pela Vale (ponte do Rio Tocantins, duplicação da ferrovia e Tecnored) e pela Prefeitura de Marabá (ponte do Rio Itacaiúnas), assim como o setor de prestação de serviços.
Expansão
“Por isso, eu posso assegurar que Marabá hoje é uma das poucas cidades do Brasil que está recebendo investimento dessa monta”, salienta o presidente da Acim, lembrando ainda de outros dois grandes empreendimento que também alavancam a economia do município: a ampliação da planta industrial da Correias Mercúrio, que absorveu um investimento de 100 milhões de reais, com geração mais 100 empregos; e a ampliação da produção da Siderúrgica Sinobras, que investiu 1 bilhão de reais e está finalizando a expansão da produção de aço longo em mais de 100 por cento, saltando de 350 mil toneladas para 850 mil toneladas, com criação de mais 500 empregos de forma perene.
“Essa expansão da Sinobras logo inicia e vai dar espaço para a instalação do projeto do polo metal mecânico. “Isso vai dar margem para que a gente consiga trazer para Marabá uma indústria de pregos, de arame, de parafusos, de tela, enfim, um sem-número de indústrias periféricas para verticalizar com agregação de valor aos produtos primários gerando emprego e renda além de outras oportunidades de negócios. Ou seja;
desenvolvimento sustentável”, prevê João Tatagiba.
Potencialidades
Paralelamente a isso, Tatagiba destaca outras potencialidades de Marabá que podem impulsionar mais ainda a cidade no caminho do desenvolvimento. Ele lembra, que historicamente, o município dependia apenas do setor extrativista mais especificamente, com a exploração da castanha, de madeira, do caucho, do diamante, do ouro, e, por último, ainda no setor mineral calcado mais na área de ferro, cobre e manganês.
“E hoje, o que acontece com a gente? Nós temos um grande potencial de desenvolvimento na logística em função da privilegiada localização geográfica de Marabá”, diz João Tatagiba, acrescentado que é interessante frisar que Marabá é um dos poucos lugares no mundo que não fica no litoral, e consegue absorver os quatro modais viários. “Isso é uma peculiaridade ímpar que dá a Marabá uma condição de competitividade muito grande frente ao outros mercados produtores”.
Turismo
“Pela sua condição socioeconômica e geográfica, Marabá é uma cidade polo que absorve um turismo de negócio significativo, por ter uma boa rede hoteleira, o melhor Centro de Convenções da região, voos regulares de segunda a segunda para as capitais do estado e do País, Shopping Center, riquezas naturais ainda inexploradas, representações de órgãos regional e nacional. Enfim, uma estrutura considerável”, atesta o presidente da Acim.
Em relação ao turismo de lazer, ele reconhece que o município tem um potencial gigantesco, mas pouco explorado. “Isso significa que este é um vetor de desenvolvimento que oferece grandes oportunidades, acredito que nós precisamos entender melhor dessas potencialidades também nesta área”, afirma Tatagiba, salientando que isso tudo significa oportunidades de negócios, oportunidade de desenvolvimento com geração de emprego e renda.
Agronegócio
“Outro vetor de desenvolvimento econômico muito importante que nós temos aqui é o agronegócio, que cresce de forma continua na região e, direta ou indiretamente, impacta Marabá pela sua importância, já que oferecemos todo o suporte para a região, ou seja, toda a condição estrutural para a atividade”, observa o presidente da Acim. Para ele, Marabá pode verticalizar também a produção do agro, assim como outros produtos, agregando valor com alta empregabilidade e novas oportunidades de negócios.
Saúde
“Marabá na saúde pública enfrenta o desafio de atender a demanda de toda região circunvizinha, carecendo assim de alternativas para melhor atender os pacientes local, na saúde privada fica atrás de Parauapebas e até mesmo de Redenção, e a anos-luz de Araguaína (TO) e Imperatriz (MA), fato que pode ser um vetor desenvolvimentista importantíssimo para atrair investimentos com possibilidades de geração de um sem-número de empregos com grande massa salarial”, adverte Tatagiba.
Na opinião dele, o que deve ser feito para mudar esse quadro é investir mais na saúde privada, através de um plano de atração de investimentos. Por outro lado, é uma janela de possibilidades de negócios que Marabá oferece, assim, “consideramos que Marabá é um celeiro de oportunidades”, analisa João Tatagiba.
“É imperativo que o poder público crie políticas que traga um ambiente favorável para que o investimento aconteça, caso contrário ficaremos apenas na imaginação, acredito que o nosso trabalho na Associação Comercial e Industrial de Marabá deve continuar como sempre foi no sentido de provocar o poder público para que as iniciativas sejam tomadas.
Com informações do Blog do ze dudu