Vereadores membros da CPI da Vale fazem vistoria nas instalações do Projeto Salobo em Marabá
Na última sexta-feira (14), membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga os passivos socioambientais das atividades de mineração da empresa Vale e Salobo Metais no Projeto Salobo, no município de Marabá, visitaram as instalações da empresa. O objetivo da visita foi entender, na prática, o funcionamento da Barragem do Mirim e fazer questionamentos às equipes técnicas da Vale para melhorar o relatório final da comissão.
Os vereadores Ilker Moraes, presidente da CPI; Marcelo Alves, relator; Eloi Ribeiro, secretário; e os membros titulares Beto Miranda e Frank do Jardim União, além de Cabo Rodrigo, foram recebidos na planta industrial do Salobo por uma equipe da Vale.
A primeira parada foi no escritório da portaria do Salobo, onde foi apresentado o serviço de monitoramento de barragem e as mudanças nos protocolos de segurança implementadas nos últimos anos, a partir de determinação judicial à Vale e à Salobo Metais.
A determinação exigiu a alteração da localização de oito edificações localizadas na chamada “Zona de Autossalvamento” em caso de rompimento da Barragem do Mirim. Também foi apresentada a fase atual do projeto de extração de cobre Salobo III.
Os visitantes foram, então, ao mirante, de onde é possível ver quase todo o empreendimento, principalmente a mina de onde é extraído cobre para comercialização no mercado internacional. Na mesma mina também são extraídos minérios como ouro e prata, que são subprodutos do cobre.
Em seguida, os membros da CPI foram conhecer as mais novas instalações do conglomerado, onde a Vale iniciou a fase de operação (ramp up) da terceira usina de concentração de cobre da unidade, a Salobo III. Com o novo implemento, serão 12 milhões de toneladas a mais de processamento, o que aumentará a capacidade anual de 24 milhões para 36 milhões de toneladas de minério. A expectativa, segundo os engenheiros de minas da Vale, é de que o Salobo alcance a capacidade máxima de operação no terceiro trimestre de 2024.
O presidente da CPI, Ilker Moraes, disse que, embora já tenha ido ao projeto em outras ocasiões, esta visita foi a primeira que teve acesso ao Salobo III. Ele destacou que a Vale tem contribuído com a CPI ao repassar as informações solicitadas em ofício e que o diálogo entre as partes deve continuar nos próximos meses até a produção do relatório final.
O vereador Beto Miranda elogiou a capacidade da empresa de implementar técnicas avançadas para extração de minério no Salobo, pelo investimento em segurança, mas destacou que é necessário que a empresa amplie o apoio ao município de Marabá como forma de compensação pelos danos ambientais e sociais causados. “A Vale ganha muito dinheiro com o Salobo. O que a gente quer é que o município de Marabá seja beneficiado na mesma proporção”, disse ele.
(Portal Debate e Veja Marabá)