Sem professores, infraestrutura e segurança, escola Walkise Viana vai às ruas

Alunos, professores e o Sintepp reivindicaram as pautas enquanto caminhavam pela BR-222/ Fotos: Evangelista Rocha

Debaixo de um sol escaldante, segurando cartazes e reivindicando infraestrutura e corpo profissional, os estudantes e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Walkise Viana Silveira puderam ser vistos na manhã desta quarta-feira (19) por quem atravessava a BR-155, sentido São Félix à Marabá. Após a ameaça de um atentado no começo do mês, o pedido de socorro, agora, é direcionado à educação.

O protesto contou com dois carros de som que transmitiam frases como: “salas superlotadas e sem segurança”, “hoje, nas ruas, somos a aula, somos o giz, somos o quadro, já que dentro das salas o teto está caindo e as cadeiras estão quebradas” e “não iremos tolerar isso. A educação merece muito mais”. Uma guarnição da Polícia Militar fez o acompanhamento do grupo durante todo o percurso.

A reportagem acompanhou o ato e teve acesso às principais pautas levantadas pelo corpo docente e discente da escola. Representando a subsede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepp) e dando apoio à reivindicação, Joyce Rebelo disse que a ameaça de um suposto atentado contra os servidores da instituição de ensino e estudantes, que ocorreu no último dia 11, foi apenas mais um motivo para a mobilização de hoje.

Joyce afirma que além da falta de estrutura e profissionais, há também a ausência de segurança

“É preciso que o estado viabilize o mais rápido possível o atendimento desses mais de 300 alunos que não estão assistindo aula porque a estrutura não suporta a demanda, viabilize professores que estão em falta e apoio administrativo que também não tem”, afirmou, com relação aos estudantes que foram matriculados, mas que não possuem acesso ao ensino pela falta de vagas.

Além disso, a escola está, atualmente, sem coordenador pedagógico. Outros problemas com a gestão escolar, como a falta de agentes de serviços gerais e merendeiras, também existem. Segundo Joyce, isso foi o suficiente para os alunos se unirem e realizarem a mobilização. A intenção é não sair das ruas enquanto não for viabilizada a situação.

Sobre as novas vagas, a direção afirma que o estado as garantiu, mas a escola não consegue suportar os alunos com a quantidade atual de funcionários e a presente infraestrutura. Uma reforma e ampliação do local, com levantamento do muro, também está sendo reivindicada no protesto.

O assunto de segurança pública está sendo pautado, já que o Sintepp espera uma resposta dos órgãos de segurança frente ao que aconteceu e como isso se declinará de agora para frente. “Foi realizada uma reunião com a escola, onde um mapeamento e um levantamento foram feitos, junto com uma investigação de possíveis suspeitos, mas desde então nem um retorno foi dado”, afirma.

(Com informações de Correio de Carajás e Veja Marabá)

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